30 de maio de 2025

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Funjope abre exposição de obras do artista visual Madriano Basílio, no Hotel Globo

A Prefeitura de João Pessoa, por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), abre, nesta sexta-feira (30), às 16h30, no Hotel Globo, a exposição Memórias de Madriano Basílio, do artista visual falecido em 2022. Todo o material que integra a mostra foi cedido pela viúva, Rosânia Basílio. As 61 obras que compõem a exposição podem ser visitadas até o dia 16 de junho.

“Com essa exposição das obras do Basílio, nós estamos fazendo uma recuperação da memória dele, um artista muito criativo e inventivo, que tem um conjunto de obras com uma temática muito forte e leve. As obras dele trabalham temas do nosso dia a dia, mas com muita dignidade. Têm elementos da religiosidade, da natureza, dos animais, tudo muito bem composto, criando uma simbólica muito forte. Nós fazemos esse trabalho de maneira muito prazerosa, uma homenagem muito justa que ele merece”, declara o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.

E acrescenta: “Sua vida nos foi retirada de forma abrupta e precoce, mas Madriano deixou sinais claros de sua capacidade criativa e inventiva. E sua obra, hoje tão bem cuidada por sua esposa, Rosânia Basílio, nos permite um verdadeiro turbilhão de imaginação. A pintura de Madriano restaura nossa própria capacidade de imaginar”.

Sobre o trabalho do artista, Rosânia Basílio afirma que é impossível olhar suas obras e não perceber o traço único de Madriano. “É de grande importância para mim essa oportunidade de mostrar um pouco mais sobre sua arte, o vasto conjunto de obras tão únicas que ele nos deixou e por tudo o que ele ainda tinha para mostrar. Por todas as batalhas que eu assisti e torcemos juntos. E assim ele foi conquistando seu espaço com muito respeito e dedicação. Só tenho a agradecer por tudo o que ele me ensinou e deixou. Me sinto orgulhosa e sei o quanto ele é muito merecedor dessa homenagem”, comenta.

Ela conta que Madriano Basílio deixou um rico legado entre telas e esculturas esculpidas em barro. Conforme Rosânia, cada composição é única, com muita beleza e leveza. Nelas, o artista retratava a religiosidade, natureza, cultura indígena e seu rico imaginário”, acrescenta

O artista – Madriano Basílio nasceu no município de Guarabira, na Paraíba, em 29 de dezembro de 1974 e faleceu em 28 de junho de 2022. Desde a infância gostava de desenhar e pintar. Autodidata, era sobrinho do artista plástico naif Alexandre Filho, com quem teve grande aprendizado. Trabalhou no Ateliê do ceramista e pintor da arte contemporânea Chico Ferreira.

Sua primeira exposição individual de cerâmica foi em 1999, na Galeria Artenossa – Maristela, e na Universidade Federal da Paraíba, intitulada ‘O Alfabeto Naif de M. Basílio’. Participou também de grandes exposições coletivas e ainda em 1999 recebeu o Troféu Imprensa como Destaque em Artes Plásticas na Paraíba; no ano 2000, foi premiado no IX Salão Municipal de Artes Plásticas (Samap), em João Pessoa.

A carreira como pintor veio depois, a partir de sua dedicação e criatividade, participando de exposições na Galeria Gamela – Roseli Garcia e muitas outras exposições coletivas. Em 2007, foi premiado com sua pintura no Salão Novos Talentos, no Zarinha Centro de Cultura, em Tambaú, além de fazer curadoria de grandes artistas plásticos, entre eles, Fred Svendsen e Flávio Tavares.

Em 2008, recebeu o Prêmio Secretaria de Estado da Cultura, no Salão Nacional de Cerâmica de Curitiba (PR). Em 2010, teve seu nome inscrito no Dicionário das Artes Visuais da Paraíba. Em 2016, foi agraciado com Prêmio Destaque e Aquisição na Bienal Naifs do Brasil. Recebeu ainda a menção especial na Bienal Internacional de Arte Naif, em 2017 (SP).

Suas obras encontram-se no Museu de Arte Popular da Paraíba, em Campina Grande; Casarão da Cultura, em Guarabira; Acervo da Estação Cabo Branco, em João Pessoa; Minimuseu de Arte Naif de Paraty (RJ); Acervo Galeria Naif Con Silva – Museu Histórico Pedagógico Doutor Washington Luiz, em Batatais (SP).

Em 2023, em caráter de memória, foi homenageado pelo Festival Internacional de Arte Naif (Fian), em Guarabira, sua terra Natal.