Respeitável público, o teatro do Campus Catanduva vai começar!  – IFSP

É com muita expectativa que as crianças aguardam a visita do Grupo de Teatro Amador, formado por alunos de cursos técnicos e superiores do Campus Catanduva mediante um projeto de extensão. A organização não governamental (ONG) Prateleira Solidária e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) são duas das instituições contempladas com os espetáculos e outras atividades teatrais.  

Além de assistirem às apresentações, as crianças e os adolescentes em situação de vulnerabilidade social recebem com muita alegria a oficina de iniciação ao teatro. Porém, o grupo teatral oferece muito além de momentos de descontração. A psicóloga da ONG Prateleira Solidária relata a nítida melhora apresentada pelas crianças participantes da oficina na forma como se expressam, além da alegria e do entusiasmo com que contavam sobre as atividades realizadas durante as atividades propostas.  

A magia do teatro é poderosa tanto para o público quanto para os artistas. Criado em 2023 como projeto de ensino, as atividades dos alunos extrapolaram os muros do campus e se transformaram em projeto de extensão. “O projeto teve suas ações potencializadas, consolidando-se como um dos principais programas culturais da escola, com a contribuição para o crescimento pessoal, verbal e corporal dos estudantes, razão pela qual se tornou um projeto de extensão em 2024”, conta a coordenadora Maria Célia de Souza Guilhen Mazote, professora de Língua Portuguesa e Literaturas do Campus Catanduva.  

Ela explica que a iniciativa, de caráter cultural e social, tem como objetivo promover a socialização, a interação e o desenvolvimento artístico-cultural das crianças e dos jovens da comunidade externa, das organizações não governamentais, instituições governamentais municipais, promotores de cultura, e dos próprios estudantes, fazendo com que o espaço escolar seja um lugar de acolhimento, inclusão social, integração afetiva e efetiva. 

Engana-se quem acredita que o teatro se limita a promover a atuação. Os aprendizados por meio da arte são imensuráveis: “mais do que aprender técnicas teatrais, maquiagem e montagem de figurino, foi possível transportar a arte de contar histórias utilizando o corpo e a encenação, um contato primoroso com cada criança e adolescente, revelado em cada sorriso disposto no decorrer das peças teatrais apresentadas, levando, assim, cultura para aqueles que nunca tiveram acesso”, descreve Maria Célia.  

As apresentações realizadas pelos estudantes não se restringiram à cidade. O espetáculo “Balada de um Louco”, apresentado pela estudante Karina Akiko, foi um dos mais aplaudidos durante o Congresso de Extensão do IFSP em 2024, que reuniu 1.250 estudantes no Campus Avaré.  

Grupo 

Cerca de 50 alunos de cursos técnicos e superiores do campus já integraram o projeto. Apenas no ano de 2024, aproximadamente 200 pessoas da comunidade externa ao IFSP foram contempladas com ações do grupo.  

Para os alunos do Campus Catanduva, os ensaios de teatro aconteceram todas as quartas-feiras do ano e contaram, sobretudo, com a participação das bolsistas Karina Akiko Gonçalves e Maria Eduarda Affonso, alunas do 3º ano do curso Técnico em Química integrado ao Ensino Médio.  

Como as principais entusiastas do projeto se formaram, a ação foi encerrada e aguarda novos admiradores da arte para ser retomada.  

Quem embarcou nessa jornada saiu com uma bagagem robusta. As bolsistas ministraram aulas de iniciação ao teatro, realizaram oficinas e apresentações. “O ano foi promissor e inspirador para todos aqueles que fizeram parte do projeto, que assistiram e que acompanharam toda a jornada dos estudantes artistas e extensionistas do Grupo de Teatro Amador do Campus Catanduva do IFSP”.