LUTO: PELÉ MORRE E FAMÍLIA CONFIRMA 'NÃO RESISITIU'
A família ainda não divulgou detalhes sobre o velório, mas uma estrutura foi montada na Vila Belmiro nos últimos dias para receber a vigília. O sepultamento ocorrerá em Santos.
O Atleta do Século estava internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde 29 de novembro. A internação aconteceu em virtude de uma infecção respiratória após ele contrair Covid-19 e para a reavaliação do tratamento de um câncer no cólon.
Pelé passou por uma cirurgia no local em setembro de 2021 e desde então vinha sendo submetido a repetidas sessões de quimioterapia. No início de 2022, foram detectadas metástases no intestino, no pulmão e no fígado.
Em 21 de dezembro, o corpo clínico do hospital divulgou um boletim médico dizendo que Pelé apresentou uma “progressão da doença oncológica” e que necessitava de maiores cuidados relacionados às disfunções renal e cardíaca. Por isso, o ex-jogador não teve autorização para passar o Natal em casa, como queria a família.
Kely e Edinho Nascimento, filhos do Rei, publicaram fotos nas últimos dias com o pai no quarto em que ele estava internado. Outros filhos e neto também estiveram no local para a passagem do Natal.
Apesar do quadro complicado, Pelé passou alguns dias estável e com uma leve melhora. Nesta quinta, porém, a saúde do Rei voltou a piorar, e ele não resistiu.
Em virtude da idade avançada e do tratamento, as aparições públicas do Rei do Futebol se tornaram cada vez menos frequentes nos últimos anos. Em redes sociais, ele manifestava otimismo com a recuperação.
Pelé recebeu diversas homenagens durante a Copa do Mundo de 2022, disputada enquanto ele estava internado na capital paulista. Jogadores como Neymar, Richarlison e Mbappé desejaram melhoras ao gênio em meio ao torneio. Torcedores também exibiram faixas nos estádios.
Pelé deixa sete filhos e a esposa Márcia Aoki, com quem estava casado desde 2016. Do primeiro casamento, com Rosemeri Cholbi, nasceram Kelly Cristina, Edinho e Jennifer. O ex-jogador também é pai dos gêmeos Joshua e Celeste, de seu relacionamento com a psicóloga Assíria Lemos. Além desses, Pelé teve duas filhas fora do casamento: Sandra Regina, que só obteve o reconhecimento da paternidade pela Justiça, morta em 2006, e Flávia.
O maior jogador de futebol de todos os tempos estreou na Seleção em 1957, numa partida da Copa Rocca contra a Argentina, quando também fez seu primeiro gol com a camisa amarelinha. Pela equipe brasileira, com apenas 17 anos, venceu a Copa do Mundo na Suécia, em 1958.
Quatro anos depois, se machucaria na segunda rodada do Mundial do Chile, também vencido pelo Brasil. Após ser caçado em campo com duras faltas na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, ele comandou o lendário time brasileiro ao tricampeonato mundial em 1970, no México – é o único jogador a vencer três Copas.
Pelo Santos, Pelé é dono de marcas
impressionantes: venceu dez vezes o Campeonato Paulista, torneio do qual foi o artilheiro por nove temporadas seguidas. Ainda foi bicampeão da Libertadores e do Mundial de clubes, em 1962 e 1963. Foi também com a camisa branca do Peixe que marcou seu milésimo gol, contra o Vasco, no Maracanã, no dia 19 de novembro de 1969.
Segundo números do Santos, Pelé marcou pelo clube 1.091 gols em 1.116 jogos.
Com a camisa canarinho, Pelé disputou 113 jogos e marcou 95 gols, de acordo com números da CBF. Nas contas da Fifa, que considera apenas jogos entre seleções, são 77 gols em 91 partidas.
Em toda a carreira, Pelé fez 1.282 gols em 1.364 partidas na contabilização feita pelo Santos. Nas redes sociais, o Rei dizia ter feito um a mais, 1.283.
Vida e obra
O garoto Edson ainda não tinha completado 10 anos quando viu o pai, Dondinho, chorando ao lado do rádio. A seleção brasileira havia acabado de ser batida pelo Uruguai na dolorosa derrota do Maracanã, na final da Copa de 1950, enterrando o sonho de toda a nação de ser campeã do mundo. Aquelas lágrimas levaram Dico, como era chamado na casa dos Arantes do Nascimento, em Bauru, a uma promessa: ganharia um Mundial para o pai se ele parasse de chorar.
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Dico pouco depois se transformaria em Pelé e cumpriria aquele juramento: venceria não só uma, mas três Copas. Com sobras, ainda se tornaria o maior jogador de futebol de todos os tempos, ícone máximo de um esporte que, para muitos, é religião. Virou Rei, conquistou o mundo, e hoje seus súditos choram a sua morte, aos 82 anos.
Levará consigo marcas que talvez nunca sejam superadas. É o único tricampeão do mundo – a primeira taça vencida ainda como adolescente, aos 17 anos, na Suécia –, contou 1.281 gols, 95 deles pela Seleção, numa carreira de 21 anos que começou no Santos, em 1956, e terminou no Cosmos, de Nova York, em 1977.
Sem as chuteiras, tornou-se um astro internacional, foi astro de cinema, gravou discos e emprestou sua imagem para vender uma infinidade de produtos, o maior garoto-propaganda tupiniquim. Teve uma vida atribulada, com polêmicas que vez ou outra o fizeram de vidraça. Ganhou fama de pé-frio, com seus palpites de pontaria que não poderia ser comparada, nem de longe, à de seus chutes.
Nos últimos anos, a casca dura de herói imbatível foi afinando com os seguidos problemas de saúde que mostravam a todos que Pelé era um ser humano – pois é, acredite. Em 2012, passou por uma cirurgia para corrigir um desgaste no quadril que lhe tirou parte do fêmur, afetado pelas imparáveis arrancadas nos anos de gramado. Em 2014, outro susto: foi internado para uma cirurgia de retirada de cálculos renais e, duas semanas depois, voltou ao hospital para tratar uma infecção urinária. Um ano depois, passou por uma cirurgia na coluna. Em 2019, voltou a sofrer com problemas urinários e foi internado – primeiro em Paris, depois em São Paulo.
Os primeiros toques na bola
– Voltei para casa, era quase meio-dia, sentei para almoçar. Falei para Celeste: “Não é que a vizinhança tem razão? O menino tem jeito para a coisa”. Ela continuou disfarçando. Eu insisti: “Se continuar assim, acho que o Pelé vai longe”. Aí ela se virou depressa: “Que Pelé?”. Eu emendei: “Quero dizer, o Dico. Imaginem que lá no campo todos chamam o Dico de Pelé”. A Celeste não se aguentou: “Vê se não troca o apelido do menino”.
Foi assim que Dondinho contou sobre a primeira vez que viu o filho jogar, no Bauru Atlético Clube (BAC), em relato publicado pela Folha de S.Paulo em 20 de novembro de 1969, dia seguinte ao do histórico gol de pênalti sobre o Vasco, no Maracanã, o milésimo de Pelé.
Exímio cabeceador, Dondinho rodou pelo interior do país atrás de uma bola. Em Três Corações (MG), serviu ao exército e fez seus gols pelo Atlético da cidade. Ali conheceu Maria Celeste e o casal teve seus três filhos, Edson, Jair e Maria Lúcia. Em 1940, mesmo ano em que Pelé nasceu, chamou a atenção do Atlético-MG, foi a Belo Horizonte e fez uma única partida: sofreu uma grave lesão contra o São Cristóvão, do Rio, que enterrou sua chance numa equipe grande.
Foi para Bauru na metade daquela década para atuar pelo Baquinho, como era chamada a equipe do interior paulista. Foi bem, venceu o torneio do interior de 1946. Mas Dondinho não imaginava a contribuição que daria ao futebol ao permitir que o filho treinasse pelo quadro juvenil do clube.
Ali Dico virou Pelé: uma confusão com o nome que o garoto gostava de usar ao fazer defesas – sim, ele atuava no gol –, uma homenagem a Bilé, goleiro do Vasco de São Lourenço (MG), onde o pai jogou antes de chegar ao BAC. A alcunha irritava o menino, tanto quanto a Dona Celeste, mas pegou.
No começo dos anos 1950, o ex-jogador Waldemar de Brito foi contratado pelo clube bauruense para cumprir papel de observador-técnico. Impressionado com Pelé, com só 15 anos, convenceu a família a deixá-lo partir para Santos, onde aquele menino ergueria seu reino.
– Durante a viagem, os olhos de meu filho brilhavam. Ele não parecia nada triste com a separação. Olhava tudo pela janela, acho que logo se esqueceu das lágrimas da mãe. Eu estava só acompanhando os riscos do destino. […] Finalmente, chegou o dia: Pelé foi para a estação, não vender pastéis, como antes, mas com uma maleta – escreveu Dondinho.
A chegada a Santos
Pelé desembarcou no litoral paulista em 8 de agosto de 1956. Estrearia com a camisa alvinegra quase um mês depois, no Dia da Independência do país, num amistoso contra o Corinthians de Santo André – entrou em campo no segundo tempo, no lugar do artilheiro Del Vecchio, e marcou o sexto gol santista. A partir dali, nem o clube nem Pelé seriam os mesmos.
O jogador participou de seu primeiro Campeonato Paulista em 1957, quando foi artilheiro – condição que repetiria nas oito temporadas seguintes. Com Pelé, o Santos, que até então havia vencido o estadual apenas três vezes (1935, 1955 e 1956), somou outras dez taças a sua coleção. De coadjuvante regional, o clube seria lançado ao posto de protagonista mundial com seu novo astro.
Pela equipe da Vila Belmiro, Pelé anotaria 1.091 gols e seria o principal nome de uma constelação de craques como Gilmar, Zito, Pepe, Dorval, Mengálvio, Clodoaldo e Coutinho, entre tantos. Com eles, venceu também cinco vezes a Taça Brasil (entre 1961 e 1965), a Taça Roberto Gomes Pedrosa (1968), a Libertadores (1962 e 1963) e o Mundial (nos mesmos anos), além de uma infinidade de troféus de menor expressão.
Rei de Copas
Precoce, Pelé iniciou sua história na Seleção ainda em 1957, campeão da Copa Rocca. A convocação para a Copa do Mundo do ano seguinte, na Suécia, porém, ainda era um sonho para o menino. Mas Vicente Feola voltou a apostar no garoto de 17 anos para o torneio na Europa. Na preparação, durante um amistoso contra o Corinthians, no Pacaembu, Pelé recebeu uma entrada do zagueiro Ari Clemente e se machucou. A lesão quase o tirou do Mundial, mas sua viagem foi bancada pela comissão técnica.
Camisa 10, escolhida de forma aleatória – menos para quem acredita em destino –, Pelé estrearia apenas na terceira partida, contra a União Soviética. Nas quartas de final, o jovem atacante marcaria seu primeiro gol em Copas contra o País de Gales, o da vitória por 1 a 0. Na semi, contra a França, Pelé passeou: fez três e colocou o Brasil na final para enfrentar o time da casa – uma goleada de 5 a 2, dois gols do jovem atacante. No estádio Rasunda, em Estocolmo, Dico chorava nos ombros de Gilmar ao cumprir a promessa feita oito anos antes ao pai.
Quatro anos depois, no Chile, Pelé já era uma estrela mundial. Os olhos das arquibancadas, assim como os dos adversários, já o procuravam pelo campo. Na segunda rodada, porém, o inesperado: o craque arriscou um chute de longe, sentiu uma forte dor e foi ao chão. Um estiramento tirava da Copa o principal atleta da Seleção. Outro fora de série, então, chamou a responsabilidade e carregou a equipe ao bicampeonato: de pernas tortas, Garrincha preencheu o vazio deixado por Pelé com maestria.
O torneio de 1966 foi decepcionante. O Brasil fez uma preparação conturbada, Pelé foi caçado pelos rivais, e o time caiu sem passar pela fase de grupos. A má impressão deixada na Inglaterra seria apagada logo na Copa seguinte, no México, com a lendária Seleção de 1970.
A mais celebrada equipe de todos os tempos venceu os seis jogos e trouxe a taça Jules Rimet para o Brasil definitivamente. Alguns dos mais lembrados lances de Pelé têm os estádios Jalisco e Azteca como cenários, inclusive os que não balançaram as redes, como a tentativa de encobrir o goleiro Viktor, da Tchecoslováquia, com um chute do meio-campo, o incrível drible de corpo em Mazurkiewicz na semifinal contra o Uruguai, ou o cabeceio que obrigou Gordon Banks, da Inglaterra, a fazer a mais bela defesa em Copas.
Na final contra a Itália, Pelé abriu o caminho da goleada por 4 a 1 com um gol no primeiro tempo – um dos quatro que ele anotou naquele Mundial. Após sua terceira conquista, o camisa 10 nunca mais disputaria uma Copa. Um ano depois, daria adeus também à camisa amarelinha em amistosos em São Paulo e no Rio.
Assim que o menino franzino, de só 15 anos, dominou a bola, invadiu a área e tocou na saída de Zaluar para fazer o sexto gol do Santos no amistoso contra o Corinthians de Santo André, o goleiro não sabia, mas tinha acabado de participar de um momento histórico. A percepção não demorou e o arqueiro do time do ABC logo tratou de capitalizar: a cada nova pessoa que conhecia, entregava um cartão com seu nome, Zaluar Torres Rodrigues, e a descrição “goleiro do 1º gol de Pelé”.
Entre aquele jogo, em 1956, no estádio Américo Guazzelli, até o duelo com o Vasco, 13 anos depois, no Maracanã, Pelé anotou outros 998 gols. Andrada, goleiro cruz-maltino naquele 19 de novembro, quando viu o camisa 10 santista ajeitar a bola na marca do pênalti, sabia estar diante de um lance inesquecível – e fez de tudo para evitá-lo. Sem conseguir, socou o gramado, raivosamente, enquanto repórteres invadiam o campo para registrar o milésimo gol do Rei, um feito notável e que jamais foi repetido – não sem contestação, ao menos.
As façanhas de Pelé nesse meio tempo foram muitas: foi artilheiro do Paulista por nove campeonatos consecutivos – no de 1958, fez impressionantes 58 gols; balançou a rede do Botafogo, de Ribeirão Preto, oito vezes num só jogo, uma goleada de 11 a 0, em 1964; ganhou uma placa no Maracanã ao anotar uma pintura na vitória do Santos sobre o Fluminense por 3 a 1 no Rio-São Paulo de 1961; fez, na rua Javari, o mais lindo tento de sua carreira, visto apenas pelos que estavam no acanhado estádio do Juventus, já que até hoje não se encontraram registros da jogada em que Pelé aplica quatro chapéus nos defensores rivais antes de tocar para o gol. Faltou a ele apenas superar a marca do pai, Dondinho, que teria feito cinco gols de cabeça em uma única partida – chegou perto, com quatro.
Após a noite em que dedicou o milésimo às crianças do Brasil, Pelé manteve os pés afiados e fez outros 281 gols até 1977, quando deixou os campos de vez no Cosmos, de Nova York.
Se dentro das quatro linhas Pelé era uma unanimidade, do lado de fora dos estádios sua vida foi recheada de polêmicas típicas das celebridades. O jogador se casou pela primeira vez em 1966 com Rosemeri Cholbi, com quem teve três filhos: Kelly Cristina, Edson, o Edinho, e Jennifer. O relacionamento terminou em 1978 e, dois anos depois, o Rei conheceu a modelo Xuxa Meneghel, com 17 anos à época. O namoro, acompanhado passo a passo, durou seis anos.
Pelé com o papa João Paulo II em 1987 — Foto: Reuters
Pelé também teve duas filhas fora do casamento, reconhecidas, por caminhos diferentes, na década de 1990. A situação de Sanda Regina foi a que mais abalou a imagem do Rei. Nascida em 1964, ela iniciou um processo judicial em 1991 pedindo reconhecimento de Pelé como seu pai, o que só aconteceu após cinco anos de batalha nos tribunais. O ex-jogador recorreu da decisão diversas vezes e nunca foi próximo à filha, que morreu em 2006, vítima de um câncer.
Com Flávia Kurtz a situação foi diferente. Fruto de um relacionamento nos anos 1970, Pelé só a conheceu em 1994. Por anos manteve a situação em segredo e só a tornou pública oito anos depois. Fisioterapeuta, Flávia sempre participou dos tratamentos de saúde do pai. Pelé também teve outros dois filhos, os gêmeos Joshua e Celeste, de seu casamento com a psicóloga Assíria Lemos.
Aposentado do futebol, Pelé se arriscou por diversas áreas: foi ator, cantor, garoto-propaganda e político. Foi durante a sua gestão como Ministro do Esporte, no governo FHC, que foi promulgada a lei que leva seu nome. A legislação, entre outras coisas, acabou com o passe que prendia os atletas aos clubes independentemente do tempo de contrato.
Símbolo de saúde, o Rei começou a demonstrar sua fragilidade depois dos 70 anos. Em 2012 precisou passar por uma cirurgia de artrosplastia total do quadril direito. À época, a assessoria do ex-jogador informou que Pelé aproveitaria uma internação para exames de renovação de um seguro para corrigir “probleminhas de quadril”.
A situação era mais séria do que o Pelé queria deixar transparecer. Numa operação de 1h30, os médicos retiraram a cabeça do fêmur e a substituíram por uma prótese plástica, o que obrigou o ídolo a se locomover por um tempo em cadeira de rodas. Na saída do hospital, chorou e agradeceu as mensagens de apoio recebidas. Durante a recuperação, manteve-se recluso para não ser visto em dificuldade.
Pelé em foto publicada em fevereiro de 2022 — Foto: Arquivo pessoal
Dois anos depois, cancelou um evento em Santos, horas antes do início, com um mal-estar. Ficou três dias internado após cirurgia para a retirada de pedras nos rins. Posteriormente, numa visita aos médicos para acompanhamento do procedimento, voltou a ser internado, desta vez com uma infecção urinária. O problema se tornou recorrente. Em 2019, voltou a incomodar, e Pelé foi internado em Paris, onde recebeu a visita de Neymar, e depois em São Paulo.
Pelé é eleito atleta do século Pelé é eleito atleta do século
Pelé voltou a precisar de cuidados médicos em 2021, quando passou por uma cirurgia para a retirada de um tumor no intestino. Por conta do tratamento agressivo com quimioterapia, a saúde do Rei se complicou ao longo de 2022.
A doença se transformou no mais duro zagueiro que Pelé já enfrentou, o único pelo qual não conseguiu passar. Entre suas manias, uma chamava a atenção: a insistência de separar suas duas personas, a de se referir a si mesmo na terceira pessoa, talvez consciente das poucas certezas que a vida tem. Edson morreu. Pelé, a lenda, viverá para sempre.
PELÉ
SANTOS
Equipe prepara caixão de ouro para Pelé e fãs repercutem movimentação estranha.
O jogador Pelé segue internado em São Paulo e seu estado de saúde preocupa fãs de todo o país. Na noite desta sexta-feira (23), o nome do ex-jogador se tornou um dos mais comentados na internet, logo após o Hospital Albert Einstein informar que não dará nenhum boletim médico dele.
Além dessa notícia, vazaram algumas imagens de uma movimentação estranha no estádio Vila Belmiro, em Santos. Nas imagens que circulam nas redes sociais há uma equipe construindo um caixão de ouro, no centro do campo do time, com imagens de Pelé nas laterais.
Caixão de ouro para Pelé em Santos “Eu acho que tá pesando a questão de estrutura mesmo. Tá com cara que nem o hospital nem o estádio estavam prontos, seja por desleixo ou por cautela demais para só se movimentar quando inevitável”, diz a postagem que você pode conferir abaixo.
Essa movimentação estranha repercutiu entre internautas sobre o atual estado de saúde do Rei. Um seguidor pontuou que devem estar segurando essa notícia por conta do Natal. O perfil oficial do craque não se pronunciou sobre essa urna e nem atualizou o seu atual estado de saúde.
Boletim médico de Pelé
Segundo divulgado no último boletim médico de Pelé, foi informado que há uma “progressão da doença oncológica”, passando agora a ter mais cuidados cautelosos nos rins e no coração.
A filha dele, Kelly Nascimento, contou que o pai não passará as festividades de Natal em casa, mas sim internado no hospital da capital paulista. Ele seguirá em cuidados médicos na unidade, mas que a família estará ao seu lado neste final de ano.
FAMÍLIA DE PELÉ ESTÁ REUNIDA NESTE MOMENTO EM HOSPITAL APÓS NOTÍCIAS DOS MÉDICOS
A família do ex-jogador Pelé está reunida em São Paulo, no Hospital Albert Einstein, para ficar próximo dele na véspera de Natal. Os arredores da unidade hospitalar está silenciosa, bem diferente das movimentações e suposições sobre seu estado de saúde que são compartilhadas na internet.
De acordo com apurações do portal UOL, a equipe médica tomou uma decisão a respeito das atualizações de seu boletim médico. O quarto do Rei está recebendo um movimento intensificado, com a chegada de filhos, netos e outros familiares que vem para passar o feriado com ele.
Equipe médica de Pelé toma decisão O Hospital Albert Einstein não deve divulgar mais nenhum boletim médico, atualizando o estado de saúde de Pelé. Essas informações foram levantadas pelo referido portal de notícias e divulgada na tarde deste sábado (24).
Família de Pelé vai a hospital Dentre todos os familiares de Pelé que estão chegando no Hospital Albert Einstein, um dos mais esperados era de seu filho Edinho. Ele estava no Paraná, treinando o seu clube e chegou na unidade no início da tarde. Sua irmã, Kelly Nascimento, mostrou um clique ao lado dele.
Além do treinador, já estavam no hospital as outras filhas do eterno craque da Seleção Brasileira, Flávia e Kelly. No momento, o ídolo do esporte está anestesiado, sendo este um procedimento que faz parte do tratamento paliativo.
O último boletim médico divulgado pelo Albert Einstein informava que houve uma progressão da patologia oncológica, ou seja, um avanço do câncer que ele trata desde 2021. No comunicado, também consta que agora é dada atenção especial para o coração e rins.
Câncer de Pelé avança para coração e rins; filhas decidem cancelar festa de Natal para estarem ao lado do pai
O maior jogador de futebol de todos os tempos Édson Arantes do Nascimento, o rei Pelé, está passando por um momento delicado com sua saúde. Pelé segue internado desde o mês de novembro, por conta de complicações nos pulmões. A equipe médica também começou a estudar os melhores tratamentos quimioterápicos para tratarem o câncer de cólon de Pelé.
Durante o evento da Copa do Mundo de 2022, o rei do futebol, Pelé recebeu muitas homenagens de grandes nomes ligados ao futebol. Em um dos jogos da seleção brasileira, os jogadores entraram com um cartaz desejando melhoras ao rei do futebol. Nesta quarta feira, uma notícia entristeceu a todos, pois a saúde do ex-jogador teria apresentado piora.
A equipe médica que acompanha o ex-jogador, emitiu um novo boletim médico, do hospital Albert Einstein, sobre a saúde de Pelé. As informações bem tristes são de que o câncer atingiu os rins e também coração do ex-jogador. Depois da atualização as filhas do rei do futebol se manifestaram.
“O nosso Natal em casa foi suspenso. Nós decidimos com os médicos que, por várias razões, será melhor a gente ficar por aqui mesmo“, escreveram Kely e Flávia Nascimento, fazendo questão de agradecer aos médicos do Hospital Albert Einstein, além de também agradecer o carinho dos fãs de Pelé com o ex-jogador.
Boletim médico detalha piora
A pesar da notícia ruim no geral, foi informado pela equipe do hospital, que o rei do futebol segue em um quarto comum, e não foi transferido para UTI. Logo em seguida confirmando a progressão do câncer para os rins e coração, que agora requerem de cuidados especiais.
Pelé não responde mais a tratamento e está em cuidados paliativos, diz jornal
O eterno Rei do futebol foi internado na terça-feira (29/11) para passar por tratamento do tumor de cólon identificado em setembro do ano passado
O ex-jogador de futebol Pelé, 82 anos, internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde a última terça-feira (29/11), não responde mais ao tratamento quimioterápico que vinha fazendo desde setembro do ano passado, quando foi operado de um câncer de intestino. As informações são da Folha de S. Paulo.
O eterno Rei do futebol teve metástases no intestino, no pulmão e no fígado diagnosticadas no início do ano. Segundo a Folha, o ex-craque não responde mais ao tratamento quimioterápico e segue recebendo cuidados paliativos.
O site Terra procurou o hospital, que não confirmou as informações, apenas ressaltou o que já havia sido informado no último boletim médico, de sexta-feira, 2, comunicando que Pelé está sob uma “reavaliação da terapia quimioterápica do tumor de colón identificado em setembro de 2021”.
“A equipe médica diagnosticou uma infecção respiratória, que vem sendo tratada com antibióticos. A resposta tem sido adequada e o paciente, que segue em quarto comum, está estável, com melhora geral no estado de saúde. O ex-jogador continuará internado nos próximos dias para continuidade do tratamento”, diz a nota.
Kely Nascimento, filha de Pelé, foi até as redes sociais tranquilizar os fãs do Rei do Futebol na última quinta-feira. “Não tem surpresa, nem emergência”, disse. Não houve publicações dela neste sábado, apenas a repostagens de homenagens a Pelé direto do Catar em seu Stories.
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